Aprender a escrever é aprender a pensar.
Ter a oportunidade de pensar sobre a vida é um presente de Deus. A Campanha da Fraternidade de 2008 abordou uma temática que nos envolveu como pessoas num trabalho inquiridor e ao mesmo tempo desafiador: “escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19b) – é tomado do livro do Deuteronômio, escrito há muito tempo e tão atual. É importante fazer escolhas e optar pela vida é sempre o mais certo, trata-se de escolher um futuro de esperanças e isso pode contemplar a globalidade das decisões humanas, sabe-se, pois, que nossas escolhas têm conseqüências sobre a vida no futuro.
Envolvendo isso à sala de aula, pode-se dizer que promover a leitura e produção textual é, no mínimo, desafiador, pois apesar de a escola ser, teoricamente, o espaço para essa construção, temos alguns adversários poderosos em nosso entorno. A internet é um exemplo, mas é possível, então, envolvê-la no processo fazendo-a instrumento aliado ao trabalho em sala de aula.
Nesse sentido, o texto serve como uma espécie de guia. Já que através dele tem-se o privilégio de passar aos outros nossos sonhos, nossos desejos, nossas inquietações, nossas alegrias e até nossas tristezas. Pela experiência em sala de aula no ensino médio e no ensino fundamental, percebo que é imprescindível um trabalho de leitura e produção textual que, ao mesmo tempo em que atenda às expectativas do aluno em relação a um bom desempenho no concurso vestibular, também privilegie o texto como um espaço em que o aluno possa ser leitor e também autor, utilizando suas experiências de vida e seu conhecimento prévio.
Para isso é preciso que o professor tenha uma relação íntima com a leitura e a escrita, como já dizia Othon Garcia “assim como não é possível dar o que não se tem, não se pode transmitir o que a mente não criou ou aprisionou”, na falta desse processo, perdem todos: alunos, professores e sociedade em geral.
Tanto a escrita como a leitura são fundamentais para nosso crescimento enquanto pessoas pois ao interpretar o texto e atribuir-lhe significado, o aluno lança mão de conhecimentos extralinguísticos: do mundo, do assunto em questão, de outros textos que contribuem para sua interpretação. Em suma, o leitor/escritor torna-se mais eficiente à medida que lê mais, de maneira cada vez mais ativa e inquiridora. Estes são alguns de nossos objetivos enquanto professores/leitores em prol de uma sociedade melhor.
Texto Adaptado.
Texto usado na apresentação da coletânea de textos e desenhos do projeto Talentos Literários de 2008.
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